Campeonato de robôs reúne alunos em Santa Rita

Na altura, os robôs mal ultrapassam os 30 centímetros de uma régua escolar. Mas a capacidade de se movimentar e seguir os comandos de seus criadores parece não ter limite. É o que pelo menos esperam os mais de 100 estudantes que participam nesta terça-feira (1) e quarta-feira (2) da 2ª edição do Campeonato de Robótica em Santa Rita do Sapucaí (MG). O evento é aberto ao público e desafia os competidores a desenvolverem programas e aparelhos autônomos, sem uso de qualquer controle externo.

robo_3Desde novembro de 2015, a equipe de Maurício Gomes Melo, de 25 anos, trabalha na construção dos três robôs do time de futebol VSS (sigla para “Very Small Size”, que, em tradução livre, faz referência ao tamanho muito pequeno dos “jogadores”). O estudante do último ano de Engenharia de Controle e Automação e outros quatro colegas estão ansiosos com o desempenho do projeto deles na competição.

“Temos uma preocupação com a parte mecânica e com o código de inteligência”, explica o estudante. “O VSS tem uma câmera que capta as imagens do jogo. Essas imagens são tratadas pelo programa e lidas pelo código de inteligência artificial, que gera o comando de reação. O nosso não está perfeito, mas vai dar para jogar”, conta.

Mais de 1 milhão de possibilidades

O campeonato de robótica ainda tem outras quatro categorias: sumô Lego e mini sumô (que são de luta), seguidor de linha (que envolve carrinhos programados para fazerem um determinado percurso) e futebol 2D (o único que é realizado em ambiente virtual). Com pequenas variações, o princípio é o mesmo do descrito por Melo para o futebol VSS – o desenvolvimento de um código de inteligência artificial, um programa que não dependa da intervenção humana durante as disputas.

Todas as partidas têm regras específicas e é a partir delas que estudantes de 16 universidades do país, além de estudantes do Irã e Estados Unidos, tentam prever ações e reações de seus robôs.

“Há mais de um milhão de possibilidades”, calcula o coordenador do campeonato, o professor Alexandre Baratella Lugli. “As equipes levam de seis meses a um ano para apresentarem o projeto com os robôs e a competição se torna uma ligação entre o aprendizado e o mercado de trabalho”, diz.

Da teoria à prática

Segundo Lugli, a automação é um segmento em alta no mercado de trabalho, uma vez que é cada vez mais comum o uso dessa tecnologia na indústria e em residências e prédios. “A luz que acende e a garagem que abre sem necessidade de controle externo são exemplos do uso da automação no dia a dia. E, por meio dos jogos, os alunos são instigados a pensar esse tipo de tecnologia”, avalia o professor.

O campeonato de robótica pode ser conferido nos dois dias das 8h às 20h. Paralelamente, há palestras e mini-cursos com empresas parceiras, que vão mostrar como a automação é utilizada no ambiente de trabalho. As disputas integram a 4ª Semana de Controle e Automação do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel).

Serviço
Campeonato de Robótica, na Semana de Controle e Automação
Onde: Inatel
Quando: Dias 1º e 2 de março, das 8h às 20h
Entrada gratuita

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